quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Origem da vida na Terra - 9 ano

 Origem da vida na Terra



ORIGEM DA VIDA NA TERRA

Ao longo do tempo, os cientistas elaboraram várias teorias e hipóteses sobre a origem da vida na Terra. Vamos iniciar por duas delas: a abiogênese (ou geração espontânea) e a biogênese. Antes de estudá-las, devemos nos lembrar de que as ideias surgiam das observações e depois os cientistas lançavam ideias e experimentos para comprovar se suas hipóteses seriam corretas ou não.

Quando analisamos carne em decomposição, percebemos que há larvas nela. Até o século XIX, o surgimento dessas larvas era explicado por algumas pessoas por meio da hipótese da geração espontânea. De acordo com ela, acreditava-se que partes da carne crua se transformavam em larvas de mosca, ou seja, os seres vivos se formavam de uma matéria inanimada, sem vida. Mas muitos cientistas não consideravam essa explicação correta. 

Por isso, ainda no século XVII, muitos pesquisadores desenvolveram experimentos sobre o tema. Entre eles destacou-se o médico italiano Francesco Redi (1626-1697). Verifique a seguir:

Redi colocou carne em dois recipientes. Um deles ficou destampado, enquanto o outro foi coberto por uma gaze. Depois de um tempo, o pesquisador constatou que apareceram larvas apenas no recipiente destampado, no qual moscas tiveram contato com a carne.


Diante dos resultados de suas observações, Redi concluiu que as larvas se originavam de ovos deixados pelas moscas que pousavam na carne. Ele defendia a hipótese da biogênese, que afirma que os seres vivos provêm de outros seres vivos, e não da matéria inanimada. Assim, seu experimento confirmou a hipótese por ele defendida. 

Embora experimentos como o de Redi levassem a crer que a geração espontânea não era válida, a descoberta dos microrganismos, no século XVII, fez muitos estudiosos se valerem da geração espontânea para explicar o surgimento desses seres vivos

Um dos estudiosos defensores da hipótese da geração espontânea era o naturalista inglês John Tuberville Needha


Outros estudiosos discordavam da geração espontânea, como o italiano Lazzaro Spallanzani (1729-1799). Ele reproduziu o experimento de Needham fazendo algumas alterações. Confira a seguir:

Spallanzani colocou caldo de carne dentro do recipiente e, em seguida, utilizando fogo, derreteu sua abertura, tornando-o completamente lacrado e impedindo a entrada de ar. Posteriormente, o caldo de carne e o ar presentes dentro do recipiente foram expostos à temperatura mais alta e por mais tempo do que no experimento realizado por Needham. Após alguns dias, não se observou a presença de seres vivos microscópicos no caldo de carne.


Com os resultados de sua pesquisa, Spallanzani comparou-os ao experimento realizado por Needham e chegou a algumas conclusões. Para ele, no experimento de Needham, a temperatura à qual foram expostos o ar e o caldo de carne, presentes no interior do recipiente, não foi suficiente para eliminar os seres vivos microscópicos. 

Além disso, Spallanzani sugeriu que Needham não vedou adequadamente o recipiente, permitindo a entrada de ar com microrganismos no recipiente. Além de Needham e Spallanzani, outros cientistas fizeram mais estudos sobre o tema. 

O químico francês Louis Pasteur (1822-1895), por exemplo, contribuiu para verificar que a geração espontânea não era válida nem mesmo para os microrganismos. Verifique a seguir.


O resultado obtido por Pasteur permitiu verificar que os microrganismos que se originaram nos recipientes eram provenientes de outros presentes no ar.  Após o embate entre geração espontânea e biogênese, a segunda ideia passou a ser amplamente aceita.
















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